Mel

A vegetação da região, aliada ao clima agreste que nos identifica na expressão de “9 meses de inverno e 3 de inferno”, permite a obtenção de diferentes tipos de méis dos quais destacamos:

Mel de Rosmaninho

O mel de rosmaninho é produzido no Parque Natural de Montesinho, nas margens do rio Sabor, a sul do concelho de Bragança, onde as abelhas encontram vastas áreas de rosmaninho silvestre (Lavandula stoechas), é um mel delicado de côr clara de aroma floral intenso. É o primeiro mel a ser extraído em cada campanha.

Mel de castanheiro

O mel de castanheiro (Castanea sativa) tem cor escura com notas avermelhadas, um sabor intenso e ligeiramente amargo. É produzido nas zonas de montanha do Parque Natural de Montesinho onde abundam os soutos de castanheiro de onde provem 85% da produção nacional de castanha. Por este motivo, a presença das abelhas neste local é fundamental, não só pelo excelente néctar que dai provém, mas especialmente pelo trabalho de polinização que as abelhas fazem, dando origem a um produto tão apreciado como é a castanha.

Mel de Urze

O mel de urze (Erica e Calluna) caracteriza-se pela sua cor âmbar escuro e consistência densa e pelo seu sabor forte, persistente e harmonioso, no equilíbrio entre o doce, o amargo e o salgado. É macio e pode provocar uma leve sensação de adstringência na boca, explicada pela predominância da urze.

Mel de Montanha Multifloral

O mel de montanha multifloral Montesino é um mel de meia altitude, onde encontramos paisagens ainda com rosmaninho, mas onde já despontam alguns castanheiros, urzes e carvalhos. Assim se produz um mel de cor escura, paladar forte mas equilibrado entre o doce, o amargo e o salgado. Distingue-se por apresentar um perfil de aromas complexo com expressões florais e frutadas, acompanhadas de madeiras secas e um caramelo suave, que prende os aromas e permite que estes persistam após a degustação.

A produção e extração dos diferentes méis é sempre realizada de forma tradicional, cumprindo com os requisitos do Modo de Produção Biológico.

Pólen

O pólen biológico montesino é produzido de flores do Parque Natural de Montesinho, onde destacamos a importância da esteva (Cistus ladanifer), o castanheiro (Castanea sativa) e a silva (Rubus sp). O pólen apicola é o resultado da aglutinação do pólen das flores com néctar e substâncias salivares das abelhas, Apis mellifera, que o acumulam em "cargas polínicas" , que o homem utiliza após a sua colheita nos capta-pólens, posterior secagem, limpeza e empacotamento. Vários estudos científicos reconhecem este produto como um nutraceutico com várias atividades biológicas, destacando o seu papel na ação anti-aterosclerótica, prevenção de prostatites, estados de carência nutritiva, uma vez que é fonte de aminoácidos essenciais e, por isso, também muito utilizado como suplemento em dietas pobres em proteína.

Própolis

A própolis é uma mistura complexa, formada por material resinoso e balsâmico recolhido pelas abelhas dos ramos, flores, rebentos e exsudados de árvores; ao qual as abelhas adicionam secreções salivares e enzimas para formar uma goma que usam para proteção de toda a entrada da colmeia, para assegurar a higiene da colmeia, fechar frestas e cavidades para melhor regulação da ventilação e temperatura,Embalsamar invasores e desinfeção dos alvéolos – proteção contra doenças bem como para fixar os favos para reduzir as vibrações.

Na medicina tradicional é utilizados desde o tempos mais remotos em estomatologia e odontologia, otorrinolaringologia, doenças respiratórias, gastroenterologia, no tratamento de lesões da pele, feridas, queimaduras e úlceras. Recentemente foram publicados em revistas de referência vários estudos que comprovam as suas propriedades bioativas nomeadamente: antimicrobiana, anti-viral, antioxidante, anti-hepatotóxico, anti-tumoral, anti-inflamatório, anti-HIV, antineurodegenerativo e anti-tuberculose.

Estas características fizeram da própolis um dos produtos apícolas mais valorizado e sobre o qual se verifica uma crescente demanda a nível mundial, especialmente de própolis proveniente de zonas isentas de poluição e onde se pratique uma apicultura sustentável.

A cor é variável dependendo das origens botânicas, aqui no Parque Natural de Montesinho temos predominância de uma propolis de cor castanho alaranjado que provem especialmente da vegetação existente junto dos cursos de água onde se destaca o Choupo (Populus spp.), as Quercínias (Quercus spp) e Salgueiros (Salix spp.).

Somos líderes no mercado nacional na exportação de própolis de origem portuguesa para laboratórios farmaceuticos. Para chegarmos a este patamar foram necessários anos de aprendizagem conjunta com nossos parceiros apicultores onde desenvolvemos desde 2008 o projeto #portugalprópolis#. Este projeto pioneiro na área, começou por tentar rentabilizar este produto da colmeia, até então pouco valorizado pelos apicultores, pois individualmente não conseguiam dimensão para entrar no mercado.

O nosso trabalho passa por selecionar a propolis proveniente de diversas zonas do pais, incluindo ilhas e separa-la segundo as exigências dos nossos clientes. Neste projeto aprendemos com o exemplo das abelhas que se quisermos vingar temos que nos deixar levar pelo espírito do enxame.